domingo, 29 de abril de 2012

Capitulo 4

 
Passados dois dias depois do incidente de Elena,Tânia estava sozinha em casa e então decidiu ligar ao Cesc para vir lhe fazer companhia.
Tânia – Olá amor!
Tânia – Estava a pensar se querias vir ter cá a casa? É que estou sozinha.
Tânia – Ok, fico à tua espera.
Dez minutos de depois Cesc toca à campainha e Tânia como estava no quarto corre para ir abrir a porta e salta para o colo dele dando-lhe um beijo bastante intenso.
Cesc – Isso era tudo saudades?
Tânia – Era…
Cesc – Ui, que a minha menina não aguenta sem mim durante dois dias.
Tânia – Pois não – beijando-o outra vez.
Cesc – Mas convidaste-me para vir cá a casa e agora fico à porta?
Tânia – Claro que não! Entra.
Foram sentar-se no sofá onde começou a haver uns beijos mais intensos e uma troca de carícias mais ousadas. Deixaram-se levar pelo momento e Cesc começou por lhe tirar a camisola e deita-a no sofá e começa por lhe beijar o pescoço e foi descendo até ao delinear da calças, fazendo Tânia soltar um pequeno suspiro, esta volta-se a pôr por cima dele e tirou-lhe a camisola. Começou por apenas lhe beijar os seus abdominais mas assim que pode começou a desapertar as calças e não perdeu tempo e acariciou-o mas este pôs termo ao que ela fazia.
Cesc – A que horas elas chegam?
Tânia – Por volta das seis mas está descansado que elas não aparecem.
Cesc – Tens a certeza?
Tânia – Tenho. Mas se não queres… - levantando-se mas Cesc puxa-a novamente para cima dele, onde se continuaram a envolver. Tânia continuou a acaricia-lo, o que levou Cesc a soltar um pequeno gemido e Tânia apenas sorriu com o sucedido. A excitação era tamanha que retirou o soutien a Tânia e esta tirou-lhe os boxers. Os seus beijos eram cada vez mais intensos, as mãos de Cesc percorriam o corpo de Tânia como fossem um mapa. Cesc ia retirar a ultima peça de roupa que restava no corpo de Tânia quando Joana entra em casa e depara-se com eles naquele estado.
Joana – O meu deus. Desculpem!
Tânia – Mas tu não devias chegar apenas ás seis? - Disse saindo de cima de Cesc e pondo uma almofada em cima dele e tapando os seus seios com as mãos. – Estas a olhar para onde Joana?
Joana – Desculpa, mas é impossível não olhar para o Cesc enquanto ele está assim. – Disse provocando-a.
Tânia – Aí que me vou chatear.
Joana – Pronto, vou para o quarto e vistam-se lá e sabem que existe o quarto para alguma coisa ou fizeram isso por causa da adrenalina de serem apanhados, olha que não correu lá muito bem. – e saiu da sala.
Quando Joana sai, Cesc olha para Tânia e desmancha-se a rir.
Tânia – Estás-te a rir de quê?
Cesc – Da tua cara quando a Joana disse aquilo.
Tânia – Ai é! – Disse já se vestindo.
Cesc – Sim – encostando-se a Tânia.
Tânia – Vai-te vestir. Olha que a Joana ainda volta a aparecer.
Cesc – Agora quem não quer és tu. – Começando-se a vestir.
Tânia – Não é que eu não queira, apenas não quero ouvir mais bocas.
Cesc – Bocas?
Tânia – Sim, já sei que ao jantar a Joana vai mandar bocas, a Catarina vai perceber e vai começar também.
Cesc – Oh! E tu ainda ligas.
Tania – Não mas … - Cesc interrompe-a com um beijo e estes são interrompidos pelo toque do telemóvel de Cesc. Este atende mas poucos minutos depois desliga.
Tânia – Quem era?
Cesc – Era o Alexis a perguntar se queria ir ter com eles para jogar PES.
Tânia – Queres ver que ele me quer roubar o namorado.
Cesc apenas se ri e despede-se dela.
 
***
 
Joana tinha acabado de presenciar um momento entre um casal e apesar de não ter sido uma coisa que ela fizesse questão de ver, fê-la pensar sobre os seus momentos com o David.
 
4 Anos antes
Joana – Eu não me quero mudar.
Ela diz deitada nos braços dele a seguir a terem tido sexo.
David – Eu sei. Eu também não quero que vás embora mas é o melhor para ti.
Joana – Eu sei. Eu só sei que vou sentir a tua falta.
David – Eu também. – Diz beijando-lhe a testa. – Mas nós vamos arranjar maneira de nos ver, ok? Agora vamos só dormir que amanhã tens um grande dia.
Eles dão um simples e rápido beijo nos lábios e ela deixa-se adormecer nos braços dele pelo o que seria uma noite de descanso, a única durante muito tempo.
Na manhã seguinte, ela acorda com beijos a serem pressionados no seu pescoço.
Joana – Bom dia.
Ela diz virando-se e ficando de frente para ele.
David – Hey! Dormiste bem?
Joana – Mais ou menos. Não sei como é que vou adormecer sem ti ao meu lado.
David – Que tal um peluche gigante? – Ele diz em tom de brincadeira.
Joana – Sabes é capaz de ser uma boa ideia. Podia te substituir por completo.
A Joana ao dizer isto só sente o David ao saltar para cima dela e a fazer-lhe cócegas, a Joana adora esta sensação, o corpo dele pressionado sobre o dela e a comportarem-se como crianças.
David – Retira o que disseste. – Ele diz fazendo ainda mais cócegas em todos os pontos que ele sabe que a fazem encolher-se e soltar um pequeno riso e guincho.
Joana – Nunca. – Ela diz no meio de risos.
Com isto ele começa a pressionar pequenos beijos na parte de trás da orelha que a fazem ficar descontrolada, depois de uns quantos beijos ela finalmente se dá por vencida.
Joana – Ok. Tu ganhas, tu és melhor que um peluche.
David – Bem me parecia. – Diz, afastando os lábios de trás da orelha e posando-os ao de leve nos lábios, quando se retira os seus olhos encontram-se, o que o leva a perguntar. – Quando tens de estar no aeroporto?
Joana – Uma hora. E eu sei o que vais perguntar a seguir. – Ela diz com um sorriso maroto. – Se formos rápidos, podemos.
David – Tu conheces-me demasiado bem. – Ele diz largando outro beijo nos seus lábios.
David sabia que tinha de fazer o seu melhor, eles poderiam não se ver durante mais um mês, ele precisava de saber que ela aguentava um mês apenas com um vibrador, sem ter de recorrer a outro homem. Com isto ele começa a retirar-lhe a pequenas cuecas que ela tinha vestidas, soltando-lhe pequenos beijos pelas pernas ao mesmo tempo que as puxava para baixo, ao regressar para cima puxou-lhe suavemente a larga camisola do corpo, nunca tirando os olhos dos olhos dela. Mantendo os olhos ligados, levou-lhe as mãos ao seios massajando-os suavemente até os mamilos ficarem erectos, enquanto ela retira-lhe os boxers e começa a massajar-lhe o pénis até ele estar pronta para lhe entrar.
Ao entra-la , apesar de ele ter de ser rápido, ele leva o seu tempo, tentando arranjar a melhor posição de a fazer atingir o orgasmo mais rapidamente e com isto ela finalmente atinge acompanhado com o dele.
Joana – Oh... DAVID... DAVID... Oh... Por favor.
David – Wow.
Ele diz deitando-se ao seu lado e beijando-lhe a testa.
David – Espectacular.
Joana – Espero que isso te faça aguentar até daqui a um mês.
David – Claro. Desde que tenha a minha mão, tudo bem.
Ela ri-se um pouco.
Joana – Eu tenho de ir tomar banho.
David – Vai eu vou fazer um óptimo e energético pequeno-almoço.
Joana – Convém depois desta manhã.
Ela diz, levantando-se. E com o David a ver-lhe ir para casa de banho e a desejar que a pudesse ver assim todos os dias.
  
Tânia dirige-se para o quarto de Joana e bate à porta do mesmo. Com o bater da porta Joana acorda dos seus pensamentos
Tânia – Posso?
Joana – Podes. Que deseja a menina?
Tânia – Queria te pedir para não contares o que viste ali na sala. Nem mesmo à Catarina.
Joana – Está descansada que daqui não sai nada, vai comigo para o túmulo.
Tânia – Obrigada. – Abraçando-a. – Gosto tanto de ti.
Joana – Também eu de ti. E já agora desculpa aquilo que disse há pouco.
Tânia – Não faz mal. Até logo, tenho de ir para o treino – saindo do quarto.
Joana – E Mazel Tov.
Tânia – O quê ?!
Joana apenas se ri. 
 
***
 
No dia seguinte, Catarina acordou cedo, apesar de no dia anterior ter chegado a casa bastante tarde, pois tinha ido com Fernando a uma discoteca, de modo a que ele ficara em sua casa a dormir. Manteve-se deitada na cama, aconchegada a Fernando, a ouvir a sua respiração regular. Alguns minutos depois Fernando acorda.
Fernando - Bom dia, amor! Já estás acordada à muito tempo? – diz ele, espreguiçando-se.
Catarina - Bom dia, hum..nem por isso só à uns minutos.
Fernando ajeitou-se na cama, aproximando ainda mais os seus corpos.
Fernando - Dormiste bem?
Catarina - Como uma pedra, e tu?
Fernando: Também – disse sorrindo-lhe de forma afectuosa – O que achas de fazer-mos um piquenique no jardim que fica aqui perto?
Catarina - Parece-me muito bem! Muitíssimo Romântico!
Fernando - Eu sou um namorado extremamente romântico.
Catarina sorriu-lhe e beijo-o nos lábios.
Catarina – Pois és.
Dito isto, Catarina rebolou para cima dele, encaixando-se perfeitamente no seu corpo. Começa por lhe preencher a cara com suaves beijos, percorrendo a testa até ao pescoço, enquanto lhe sussurrava coisas aos ouvidos que lhe faziam os boxers mais apertados. Quando ela finalmente chegou aos lábios, as suas bocas abriram-se imediatamente, fazendo com que as suas línguas se encontrassem num desejo infinito. Enquanto os seus lábios estavam juntos as mãos dele iam descendo do cabelo para a cintura, massajando-a. De seguida ele retirou-lhe delicadamente o sutiã, cobrindo os seus seios com as mãos. Os lábios dela descem vagarosamente até aos abdominais dele, beijando-os e fazendo suaves carícias com as mãos. Quando o desejo se tornou demasiado forte para poderem resistir, ele tira-lhe as cuecas e coloca-se por cima dela. Ele sente-se a penetrar nela e ela solta um gemido de prazer. Ambos se movimentam de forma ritmada e experiente provocando uma explosão de prazer. Quando acabaram, mantiveram-se deitados lado a lado, ofegantes, durante alguns minutos.
Catarina - Temos de nos ir arranjar. – disse ainda com a respiração irregular.
Fernando - Ok, eu vou à cozinha preparar comida para levarmos.
Catarina - Ok.
Ela foi até à casa de banho e tomou um banho rápido. Secou o seu cabelo e o seu corpo a uma toalha e envolveu-se nela. De seguida foi lavar os seus dentes. Entretanto Fernando entra na casa de banho, ainda despido.
Fernando - Já preparei tudo.
Catarina acenou com a cabeça e Fernando pôs-se atrás dela envolvendo a sua cintura com seus braços. Ela acabou de lavar os dentes e virou-se para ele, que a beijou.
Fernando - Dentes muito bem lavados, sim senhora.
Catarina riu-se.
Catarina - Não me parece boa ideia que andes assim despido pela casa, elas podem cá estar.
Fernando - Eu creio que elas já saíram.
Catarina - Ok, vai-te despachar que eu vou-me vestir.
Catarina dirigiu-se de volta para o quarto e escolheu um dos seus vestidos de Primavera. Arranjou o cabelo em frente do espelho e colocou aquilo que achou necessário dentro de uma pequena mala.
Entretanto Fernando entra no quarto e vai até ao guarda-roupa buscar umas roupas que tinha deixado lá em casa para situações como aquela. Tratava-se de uma camisa branca e de umas calças, que ele vestiu rapidamente, com uma agilidade impressionante. Catarina manteve-se sentada na cama a observa-lo enquanto pensava:  “Ele é, sem dúvida, o homem mais bonito que já vi até hoje!”.
Fernando - Estás pronta?
Ela demorou algum tempo a responder como se estivesse ainda a acordar um sonho. “Desde que o conheço a minha realidade é como um sonho” pensou, sorrindo perante tal perspectiva.
Catarina - Sim… claro, amor.
Pegaram nas suas coisas e saíram. Decidiram ir a pé, pois o jardim não ficava muito longe. Enquanto caminhavam de mãos dadas iam conversando alegremente. Assim que chegaram ao jardim estenderam na relva, sobre a sombra de uma grande macieira, uma toalha suficientemente larga para ambos se poderem deitar. Ficaram ali deitados, de mãos entrelaçadas a observar as nuvens que iam passando.
Fernando – Aquela nuvem parece um dinossauro.
Catarina riu-se
Catarina – A mim parece-me mais uma ovelha.
Fernando  - Olha, olha aquela parece um coração!
Catarina – Ohh, pois parece!
Ele colocou o seu braço por cima dela e beijo-a nos lábios, no pescoço e de seguida deu-lhe alguns beijos esquimós, roçando o seu nariz no dela. Catarina sorriu-se. Ela adora beijinhos esquimós. Seguidamente ele voltou-se a deitar, ainda com as mãos entrelaçadas. Ficaram assim, em silencia, apreciando o momento, durante alguns minutos.
Catarina – Olha – disse apontando para uma nuvem – Parece uma lasanha!
Fernando soltou uma gargalhada.
Fernando – Estás com fome.
Não era uma pergunta, mas Catarina acenou-lhe com a cabeça afirmativamente. Ambos de sentaram , lado a lado, e Fernando começou as tirar comida do interior da mala que haviam trazido.
Fernando – Temos aqui uma sandes de queijo, de atum e uma surpresa…
Catarina – Uma surpresa? – disse ela de forma curiosa.
Fernando manteve a sua mão esquerda na dela e colocou-se à sua frente, ambos com as pernas cruzadas.
Fernando – À uns dias passei por uma loja de queijos e encontrei lá o teu queijo preferido – fez uma pequena pausa e tirou da mala uma outra sandes embrulhada num guardanapo – e no outro dia deixei-o em vossa casa para depois o comermos juntos, mas acabei por optar por te fazer uma sandes de queijo da serra.
Catarina pegou na sandes, e inclinou-se para a frente de modo a que os seus lábios se tocassem.
Catarina – Muito obrigada, amor!
Fernando – Eu sei que tens muitas saudades de Portugal e que não é um queijo que vai mudar isso , mas achei que podia ajudar.
Catarina deu uma dentada na sandes, e depois  inclinou-se para a frente e abraçou-o.
Catarina – Ohh eu amo-te tanto, obrigada por te preocupares, mas eu estou bem, fica descansado.
Fernando – Eu também te amo muito, mais do que aquilo que alguma vez julguei ser humanamente possível.
Olharam-se durante instantes, com as suas cara muito juntas, até que ela lhe deu um beijinho esquimó. Fernando sorriu-lhe. “Era capaz de fazer tudo para o ver sorrir assim todos os dias das nossas vidas” pensou Catarina.
Fernando – Mas, amor, as surpresas ainda não acabaram!
Catarina – Outra surpresa? O que é?
Fernando – Vais ter de esperar – disse sorrindo.
Catarina – Hum ok, mas agora estou extremamente curiosa!
Ela duvidava que alguma surpresa pudesse superar esta, no entanto estava completamente enganada.
Fernando – Vais ter mesmo de esperar, vá come as tuas sandes.
Catarina partilhou as suas sandes de atum e queijo com Fernando. Quando já estavam cheios encostaram-se à grande macieira.
Catarina – Este jardim faz-me lembrar aquele jardim ao qual nós íamos nos nossos primeiros anos de namoro.
Fernando – Foi por isso que o escolhi – fez uma pausa, olhando para ela nos olhos, num olhar capaz de mostrar os seus sentimentos mais profundos – Não te parece que, debaixo desta macieira, não existe tempo… como se estivéssemos apenas aqui os dois sentados, juntos, para sempre…
Uma lágrima soltou-se e percorreu o rosto de Catarina. Esta não era uma lágrima de tristeza, mas sim de felicidade, gratidão, e amor, … Era uma lágrima de alguém que já não podia expressar o seu amor por palavras, pois não conhecia palavras capazes de o fazer.
Fernando envolveu o pequeno rosto dela com as suas grandes mãos.
Fernando – Catarina…- também ele estava a tentar conter as lágrimas – tu és o amor da minha vida… Eu amo-te mais do que alguma vez amei alguém, mais do que qualquer outra pessoa, mais do que qualquer outra coisa… tu fazes parte de mim tanto quanto eu próprio faço parte de mim… Estamos unidos para sempre de diversas formas, algumas delas inexplicáveis e incondicionais! Quero unir-me a ti de todas as maneiras que forem possíveis, para todo o sempre – ele remexeu num dos bolsos e do seu interior retirou uma caixa – Catarina, gostarias de te casar comigo? – abriu a caixa e no seu interior estava um anel. Era o anel mais bonito que Catarina alguma vez vira na sua vida.
Ela não precisava de pensar, não havia qualquer dúvida de que queria passar o resto da sua vida junto do homem que estava á sua frente. Se uma coisa era certa era o seu amor incondicional e infinito que sentia por ele. Ele era também o amor da sua vida.
Catarina saltou para cima dele, colocando os seus braços á volta do pescoço de Fernando e sussurrou-lhe ao ouvido.
Catarina – Nada me faria mais feliz do que viver contigo durante o resto da minha vida! É claro que me caso contigo!
Os seus lábios uniram-se num beijo apaixonado, simultaneamente feroz e delicado, arrojado e voraz. Este beijo transbordava de paixão e de desejo, mas acima de tudo, amor. Quando os seus lábios se apartaram, Catarina colocou o anel que Fernando lhe dera. Anel, esse, que nunca mais tirou.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Tumblr e blog!

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Olá a todos! Aqui estão os tumblrs que nós temos.
Tânia - http://justfromyesterday.tumblr.com/
Joana - http://veridissima.tumblr.com/
Catarina - http://catarinarosaa.tumblr.com/
E a Catarina tem outro blog - http://papaformigas96.blogspot.pt/
A Joana também escreve outra fanfic mas é em inglês .http://www.fanfiction.net/u/2845182/Veridissima
Espero que gostem e se tiverem sigam. Se tiverem deixem o link para nós seguirmos. Seguimos sempre de volta. 
Beijos, Tânia.

sábado, 21 de abril de 2012

Capitulo 3


A festa estava bastante animada. Marcelo de vez em quando ia olhando para Elena que se mantinha deitada no sofá grande. Cesc e Tânia despediam-se de todos, pegaram na Elena e levaram-na ao hospital. No carro iam todos em silêncio, na cara de Cesc notava-se que estava bastante desiludido com Elena por ela ter bebido até desmaiar mas no fundo ele sabia que não era só isso que lhe tinha acontecido e que Tânia sabia o que se tinha passado e tinha a certeza que não lhe iria dizer. Então decidiu pressiona-la para que ela lhe dissesse o que tinha acontecido.
Cesc – Tânia, sabes o que aconteceu à Elena?
Tânia – Não vi totalmente mas sei.
Cesc – E o que é que aconteceu?
Tânia – Então ela bebeu demais e desmaiou.
Cesc – Só isso?
Tânia – Sim mas eu já te tinha dito.
Cesc – Pois, mas há qualquer coisa que me está a escapar ou então estás-me a esconder qualquer coisa. – Disse desconfiado sem tirar o olhar da estrada.
Tânia – Achas que te ia esconder alguma coisa em relação à Elena?
Cesc – Não sei, por isso é que perguntei. Então e tu não te lembras de nada?
Elena – Só lembro antes de ir à casa de banho, ou seja, antes de desmaiar.
Tânia – Porque é que estás tão desconfiado?! Eu já te expliquei.
Cesc – Talvez porque ela desmaiou perto da casa de banho e tu encontraste-a na garagem!
Tânia ainda não tinha pensado como esclarecer essa pequena ambiguidade. A situação estava-se a descontrolar porém quando Tânia estava já a preparar-se para dar uma desculpa esfarrapada chegam ao hospital.
Cesc – Vou ali à recepção falar com a senhora.
Tânia – NÃO. – Gritou. – Eu vou. – Disse muito atrapalhada pois Cesc não sabia o verdadeiro motivo de estarem ali.
Tânia dirigiu-se à recepção e explicou o porquê de estarem ali. Rapidamente os enfermeiros foram ter com Elena levando-a para um consultório. Cesc levantou-se para ir com Elena mas Tânia impede-o de continuar dizendo-lhe que ela a ia acompanhar e que ele esperava na sala e que voltavam rápido.
Tânia e Elena dirigiram-se para o consultório e pouco tempo depois apareceu o médico.
Médico – Então diz aqui na ficha que foste violada.
Elena – O QUÊ?! VIOLADA? – Disse exaltada.
Tânia – Sim. Eu vi.
Elena – PORQUÊ QUE EU SÓ SOUBE AGORA?
O médico pareceu ignorar a pergunta de Elena e dirigiu-se a Tânia. 
Médico - Conte-me então o que viu.
Tânia- Eu fui até à garagem para ir buscar umas bebidas e quando me preparava para entrar ouvi alguns sons e decidi espreitar para saber se seria oportuno entrar. Quando espreitei vi-o em cima dela…- Tânia fez uma pausa – Ele ainda não tinha acabado e parecia ofegante, ele ia murmurando algumas coisas que eu não consegui perceber. Só consegui perceber de quem se tratava quando ele se levantou e se começou a vestir. Vestiu-a também e foi então que percebi o que se passava. 
Elena –QUEM É QUE ME VIOLOU?
Tânia - Pois..Foi o… Tu sabes. Aquele com caracóis. Épa é aquele… - Com a sua atrapalhação não conseguia dizer praticamente nada.
Elena – Por favor diz-me quem foi. – Disse já com lágrimas a caírem pelo seu rosto.
Tânia – Foi o Marcelo. – Disse muito rápido.
Elena – O QUÊ? ELE? Eu confiava tanto nele. Ele para mim era o meu melhor amigo. – Disse já a romper num choro constante. Tânia não sabia o que responder.
Depois de Tânia acabar de falar com o médico Elena abraçou-a como forma de agradecimento por estar ali com ela no momento mais difícil da sua vida. O médico mandou Elena ser examinada. O médico saiu do consultório o que permitiu elas ficarem sozinhas.
Pouco tempo depois da conversa delas, os enfermeiros aparecem e levam Elena para fazer os exames. Enquanto ela foi fazer os exames, Tânia foi ter com o Cesc à sala de espera. Este andava de um lado para o outro impaciente, pensando se elas ainda iam demorar muito, o que se passava com Elena e se acontecesse alguma coisa a Elena nunca se iria perdoar. Estava perdido nos seus pensamentos até que avista Tânia e corre para ao pé dela bombardeando-a com perguntas.
Cesc – Onde é que ela está? Ela está bem? O que é que ela tem?
Tânia – Calma. Ela foi fazer uns exames. – Disse dando-lhe um beijo para este se acalmar.
Estiveram mais de meia hora à espera. Cesc estava deitado e tinha a sua cabeça nas pernas de Tânia, esta por sua vez estava sentada e mexia no cabelo de Cesc. Logo que avistam o médico Cesc levanta-se e vai ter com o médico.
Cesc – Ela está bem?
Médico – Sim. Está tudo bem. Agora a Tânia fazia favor de me acompanhar.
Tânia – Sim, claro.
Cesc – Então e eu?
Tânia – Tu ficas aí que nós já voltamos.
Chegaram ao escritório, o médico disse-lhe que estava tudo bem e que tinha sido drogada mas o que aliviou Tânia foi o exame de HIV ter dado negativo mas não podia festejar pois Elena tinha de repetir mas só dali a seis meses. O médico avisou que Elena se quisesse poderia ir todas as semanas falar com a psicóloga do hospital. Saíram do consultório e assim que saíram Cesc foi logo ter com elas.
Cesc – Estás bem? Precisas de alguma coisa?
Tânia – Cesc, o que ela precisa agora é de descansar e de tu parares com essa perguntas todas.
Com isto tudo saíram do hospital já de madrugada. Cesc conduziu até à sua casa e assim que chegaram a casa de Cesc, Elena dirigiu-se para um quarto e Tânia e Cesc para o outro, onde se deixaram dormir rapidamente.
***
Enquanto Tânia, Elena e Cesc estavam no hospital, Joana estava no quarto a chorar. Já era bastante tarde quando Catarina foi até a quarto de Joana ver se esta já tinha adormecido. Joana estava de facto a dormir, os seus olhos estavam inchados e a sua almofada encharcada de lágrimas. Catarina puxou-lhe os lençois da cama para cima e aconchegou-a, de seguida saiu do quarto sem fazer barulho. Depois foi para o seu quarto onde Fernando esperava.
Fernando – Ela já adormeceu?
Catarina sentou-se na cama.
Catarina – Sim. – dito isto deixou-se deslizar para trás ficando deitada na cama.
Fernando deitou-se ao seu lado.
Catarina suspirou.
Catarina – Ela envolveu-se com outro homem... E obrigada por não teres insistido no assunto.
Fernando – Eu calculei que ela não quisesse falar sobre o que tinha acontecido.
Catarina rebolou para o lado colocando-se em cima de Fernando, que estava deitado de barriga para cima.
Catarina – O quê que achas que ela devia fazer?
Fernando – Deve contar-lhe.
Catarina – Ligar-lhe ou esperar um mês para o ver pessoalmente?
Fernando fez um ar pensativo.
Catarina – Eu creio que ligar-lhe seria estranho, pessoalmente seria melhor mas um mês a manter este segredo?! É demasiado tempo! Eu não aguentaria um dia a esconder-te um segredo!
Fernando manteve um ar pensativo.
Fernando – Hum... Concordo, mas isso põe um grande dilema...
Catarina – Pois lá está.
Fernando – Não sei bem que te diga mas acho que ligar é uma melhor opção, um mês é demasiado tempo.
Catarina – Eu vou falar com ela amanhã quando ela estiver mais calma.
Fernando – Fazes bem.
Catarina desenhava pequenos círculos no peito de Fernando, enquanto este brincava com os seus caracóis.
Catarina – Queres passar cá a noite? Já é tarde para ires para casa do Káká.
Fernando – Claro.
Fernando sorriu-lhe e beijou-a apaixonadamente e Catarina respondeu ao beijo com igual entusiasmo.

domingo, 15 de abril de 2012

Capitulo 2

 
 
A confusão tinha-se instalado na sala. Elena estava debruçada sobre o saco, Tânia e Catarina estavam sentadas a seu lado numa tentativa de a auxiliarem. Cesc olhava para a irmã algo surpreendido com o desenrolar dos acontecimentos. Fernando estava atrás do sofá com as mãos nos ombros de Catarina. Káká estava a distribuir bebidas, afim de amenizar o ambiente na sala. Cristiana Ronaldo, João Pereira e Nolito conversavam a um canto, junto à bancada das bebidas. Havia ainda outro grupo formado pelas “amigas” dos jogadores que se limitavam a olhar e a comentar o sucedido. Mas o que nem todos viam era Marcelo a aproximar-se do centro das ocorrências mais recentes. Tânia foi das poucas pessoas que reparou na aproximação rápida de Marcelo. Quando este estava sensivelmente a um metro de distância do sofá, Tânia levantou-se bruscamente e colocou-se entre Marcelo e Elena, barrando-lhe a passagem. Marcelo ergueu as sobrancelhas numa expressão interrogativa. Tânia apressou-se a explicar e quando o fez demonstrou irritação e desilusão.
Tânia – A tua ajuda não é precisa.
Isto apanhou Marcelo de surpresa, claramente não esperava esta reacção por parte dela. Mas rapidamente ultrapassou a surpresa que foi substituída por impaciência. Marcelo desviou-a com uma mão e assim que lhe tocou, esta pareceu explodir.
Tânia – NÃO ME TOQUES! – Gritou, pondo toda a gente a olhar para eles.
Cesc – Tânia!
Esta ignorou o apelo de Cesc e continuou a falar.
Tânia – Já te expliquei que a TUA ajuda não é preciso. - Deu entoação à palavra “tua”.
Com isto prepara-se para se afastar dali, porém acidentalmente deu um pontapé no saco de vomitado de Elena, sujando as calças e os ténis de Marcelo. Este olhou para Tânia com um olhar ameaçador e afastou-se dali, dirigindo-se para a casa de banho para limpar o vomitado. Tânia a todo o custo conteu o riso.
Após o sucedido, Cesc, confuso, agarrou no braço de Tânia com uma certa brutalidade ao ponto de a aleijar.
Tânia – AÍ! Estás-me a aleijar.
Cesc – Desculpa. O que é que se passou ali? – Perguntou com um ar confuso.
Tânia – Onde?
Cesc – Tânia, não te faças de desentendida. Sabes bem do que estou a falar.
Tânia – Não sei, não.
Cesc – Porra, quando queres és teimosa. Explica-me o porquê de teres tratado o Marcelo daquela maneira?
Tânia – Apenas o tratei assim porque a Elena precisava de respirar e com tanta gente em cima dela, ela não consegue.
Cesc – E o vomitado?
Tânia – Isso foi sem querer.
Cesc – Claro que foi sem querer. – Disse numa forma irónica. – Tânia, eu conheço-te muito bem e sei que aquilo do vomitado não foi acidental.
Tânia – Tu é que sabes. – Deu-lhe um beijo e foi sentar-se no único lugar disponível, ao pé de Schaars.
***
Joana saiu a correr do quarto deixando Beckham sentado na cama, espantado, sem perceber o que tinha acabado de passar.
Ela saiu a correr pela porta de trás da casa de Káká a chorar. A Tânia e a Catarina ao vê-la, seguem-na. A Joana senta-se num degrau do alpendre e continua a chorar.
Catarina - O que se passa, querida? – Ela diz, pondo reconfortantemente a mão no seu ombro.
Joana - Eu preciso de lhe ligar. Eu precise de lhe ligar. Desculpa, foi sem querer. Eu amo-te. – Ela diz para dentro, entre choros.
Tânia - Joana, que se passa? Eu estou a ficar preocupada.
Joana respira fundo, acalmando-se um bocado.
Joana - Eu fiz algo que não devia.
Catarina - O quê?
Joana - Eu curti com alguém. Eu estava podre de bêbada.
Tânia - O quê? – Ela grita. – Quem?
Joana - O David Beckham. – Ela diz completamente envergonhada.
Catarina - Ele é tão bom como as pessoas dizem?
Tânia dá-lhe uma cotovelada.
Tânia - Extremamente inoportuno, Catarina.
Catarina - Okay, desculpa. Só estava curiosa. Mas que é que tu vais fazer agora?
Joana - Não sei. Estava à espera que vocês me dissessem.
Tânia - Nós?! Tu és a mais velha, tu devias ser a mais responsável.
Joana - Eu sou a mais velha. A responsável é a Catarina.
Catarina - Porquê, eu?
Joana - Tu estás sóbria, não estás?
Catarina - Sim.
Joana - Então, tens aí a tua razão. Então o quê que achas que eu devo fazer.
Catarina - Não sei.
Joana - Okay. Empresta-me o teu telemóvel.
Catarina - Porquê?
Joana - Eu deixei o meu em casa e eu quero ligar ao David.
Tânia e Catarina - O quê? – Gritaram as duas.
Joana - Eu quero ligar-lhe. Eu amo-o. Eu quero pedir-lhe desculpa.
Tânia - Querida, tu devias falar com ele pessoalmente.
Joana - Eu não posso ir a LA agora, o trabalho está uma loucura. E ele só pode vir dentro de um mês.
Catarina - Se calhar devias dormir sobre o assunto. Tu estás um bocado bêbada.
Tânia - Um bocado. – Ela diz sarcasticamente.
Catarina - E depois a inapropriada sou eu?!
Tânia - Okay. Desculpa.
Joana - Não há problema.
Tânia – Olha eu tenho de levar a Elena ao hospital. Catarina, achas que o Fernando pode levar-vos para casa?
Catarina - Claro. Eu vou pedir-lhe.
A Joana vai para o carro, enquanto elas voltam para a festa, a Catarina vai à procura do Fernando e a Tânia à procura do Cesc.
***
O David Beckham sai do quarto já com a camisola vestida e com um ar completamente confuso, e vai ter com o grupo que estava a jogar PES.
Schaars - Hey. O que se passa, Becks?
Beckham: Sinceramente não sei. Estava muito bem a curtir com uma rapariga num dos quartos lá em cima, e no momento a seguir ela tinha desaparecido.
Schaars - Quem é que era ela?
Beckham - Uma rapariga...
Schaars - A sério?!
Beckham - Cala-te. Ela disse que vivia aqui perto com duas amigas e que ela era portuguesa...
Cesc - O quê? Tens a certeza que ela disse que era de Portugal.
Beckham - Acho que sim.
Cesc - Lembras-te do nome dela?
Beckham - Sim. Qualquer coisa como Joana.
Cesc - Oh meu Deus! Eu não acredito que tu curtiste com ela.
Beckham - Porquê? Conhece-la?
Cesc - Ela é uma das melhores amigas e colega de quarto da minha namorada.
Beckham - Então, isso significa que me consegues arranjar o número dela? Tipo, eu podia convidá-la para jantar ou uma coisa do género? E pedir desculpa por hoje.
Cesc - Meu, ela está noiva.
Beckham - O quê? Porquê que ela haveria de curtir comigo?
Cesc - Ela devia estar vulnerável. O noivo dela vive em LA, eles não se vêem à algum tempo.
Beckham - Tu achas que eu podia tipo dar uma coça ao gajo e ficar com ela?
Cesc - Não sei bem. Eu acho que lhe consegues dar uma coça. Mas isso nunca o faria desistir dela, ou ela desistir dele. Tu foste só um erro.
Beckham fica muito pensativo e só comenta.
Beckham - Okay.
Cesc - Desculpa.
Beckham - Não faz mal.
E o Beckham sai da sala, ainda muito pensativo e preocupado, para apanhar ar.
***
Tânia finalmente encontra Cesc e dá-lhe um beijo.
Tânia - Passou-se algo com a Joana. Ela vai já para casa, a Catarina e o Fernando levam-na.
Cesc - Eu sei. O Beckham apareceu aqui à bocado. Eu expliquei-lhe que a Joana está noiva do David. Como é que ela está?
Tânia - Melhor. Achas que ela deve dizer ao David?
Cesc - Acho que sim.
Tânia - Ela só o vai ver dentro de um mês. Achas que ela devia ligar.
Cesc - Não sei.
Tânia - Okay. Eu amo-te. Espero que isto nunca nos aconteça.
Cesc - Eu também te amo. E também espero que não. – Ele diz dando-lhe um beijo suave nos lábios.
Tânia – Podes levar-me a mim e à Elena ao hospital.
Cesc – Claro. Tu sabes o que lhe aconteceu.
Tânia – Mais ou menos. Mas tens de ser tu a perguntar-lhe.
Cesc – Ok. Eu depois falo com ela.
A Catarina e o Fernando voltam e levam a Joana para casa, quando ela chega corre para a casa de banho para se lavar de todo o sentimento de culpa que ela sentia por ter curtido com o Beckham. Depois volta para o quarto, veste-se numa das t-shirts do David que ele tinha lá deixado lá em casa dela e chora até adormecer.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Capitulo 1

Toda a agitação da festa proporcionava a Catarina e Fernando pouca privacidade, de modo a que o casal optou por se dirigir para uma das varandas da casa, onde podiam conversar sem que fossem incomodados. A varanda que escolherem estava localizada nas traseiras da casa e tinha apenas um pequeno cadeeiro de teto para a iluminar.
Catarina - Está uma noite agradável.
Fernando envolveu a cintura de Catarina com as suas mãos e beijo-a suavemente nos lábios.
Fernando - Sem dúvida…
Os lábios de Fernando deslizaram até ao pescoço de Catarina, causando-lhe agradáveis arrepios.
Catarina - Aqui?
Fernando continuou a beija-la.
Catarina - Então e se alguém decidir vir à varanda?
Fernando parou de a beijar, olhou para ela com os olhos a transbordar de paixão, afastou-se um pouco e trancou a porta da varanda que dava acesso ao corredor principal da casa de Káká.
Fernando - Problema resolvido.
Catarina sorriu-lhe e começou a responder às suas carícias, colocando as suas mãos à volta do pescoço de Fernando e com um pequeno salto envolveu o tronco de Fernando com as suas pernas esbeltas. Fernando encostou as costas de Catarina à parede e continuou a beija-la ardentemente. Subitamente parou e olhou Catarina nos olhos e perguntou algo preocupado:
Fernando - Sentes-te confortável?
Catarina sorriu-lhe.
Catarina - Estou ótima, meu amor, não pares…
Fernando sorriu-lhe de volta e retomou as carícias.
Foi tudo bastante rápido, pois apesar de o desejo que sentem um pelo outro os levar a cometer este género de loucuras, ambos sabiam que fazer amor numa varanda, mesmo que a porta da mesma estivesse trancada, era bastante arriscado.
De seguida saíram os dois de mãos dadas da varanda e foram-se juntar à festa.
 
***
 
Entretanto, Joana estava sentada no balcão da cozinha a beber shots de vodca, quando Beckham entra.
Beckham - Hey! Estás bem aí sozinha?
Joana - Sim, claro. Podes só ir embora.
Beckham - Oh. Okay. Desculpa.
A Joana levanta a cabeça.
Joana - Oh meu deus! És tu. Desculpa.
Beckham - Então, tu sabes quem eu sou.
Joana - Todo o mundo sabe quem tu és.
Beckham - Se tu o dizes. Mas eu não sei o teu nome.
Sentando-se à frente dela e tirando a bebida dela e servindo um copo para ele.
Joana - Joana. Muito prazer em conhecer-te, Beckham.
Beckham - Sabes que me podes tratar por David, certo?
E nesse momento o David aparece na cabeça dela e ela começa a sentir-se culpada.
Joana - Posso só tratar-te por Beckham, se faz favor.
Beckham - Claro, o que preferires.
Eles continuam a falar.
Joana - Isto é super irritante. Eles fazem tanto barulho.
Beckham - Queres ir falar num quarto lá para cima?
A Joana levanta-se.
Joana - Okay. Traz outra garrafa.
Eles sobem para o andar de cima à procura de um quarto onde pudessem falar. Eles finalmente encontram um livre e entram.
Joana - Importas-te que me descalce?
Beckham - Claro que não.
A Joana descalça-se e deita-se na cama, com a cabeça para os pés da cama, os pés elevados na parede e o Beckham senta-se ao lado das pernas dela.
Beckham – Então, onde é que nós íamos…
Joana - Tu estavas-me a contar como é jogar futebol nos EUA.
Beckham - Sinceramente é completamente diferente do que jogar aqui, onde as pessoas ligam ao futebol, lá é tudo basebol e futebol americano.
Joana - Então, porquê que não te mudas de volta para cá? Qualquer equipa te aceitaria.
Beckham - Porque eu adoro viver em LA. Eu adoro a praia, o sol e o ambiente por lá. Alguma vez estiveste lá?
Joana - Vivi lá durante dois anos. Eu adoro LA.
E a Joana pensou “foi onde conheci o meu noivo” mas estas palavras não saíram. Durante todo este tempo eles tinham estado a beber enquanto ele brincava com a bainha das calças dela. Até que ele começa devagar a pegar na mão dela e a elevá-la.
Beckham – Então porquê que te mudaste?
Joana - Não conseguia arranjar emprego como guionista.
Com o final desta frase, os lábios deles estavam a apenas milímetros de distância, a cabeça da Joana estava a mandá-la afastar-se e fugir dali, mas ela não se mexeu, e quando os lábios do Beckham tocaram nos dela, tudo o que ela tinha estado a pensar foi pelos ares. Enquanto eles se beijavam, ela apercebeu-se que ele cheirava como o David, e ao levar as mãos ao cabelo dele, que o cabelo dele parecia-se com o do David. Ela sentia-se confortável como se estivesse em casa. Ele passava as mãos suavemente pelo cabelo dela e andava com os lábios da boca para a orelha onde murmurou.
Beckham - Tu és linda...
Como o David murmura todas as vezes que eles fazem amor. Os lábios dele voltaram para os dela, ela entreabri-os deixando a sua língua penetrar enquanto elas dançavam suavemente.
No momento em que os lábios dele se afastam dos dela, ela sente-se sozinha outra vez, porém estes sentimentos foram rapidamente trocados por sentimentos de culpa. Mas nesse momento já o Beckham tinha tirado a camisola e puxado-a para o seu colo, ela envolveu as pernas à volta do seu tronco e manteve as suas mãos nos seus braços, enquanto ele lhe beijava o pescoço, deixando pequenas marcas e brincava com as pontas do cabelo dela.
Até a mão dele descer e chegar à ponta da camisola e no momento em que as mãos dele lhe tocam diretamente na pele algo acordou na mente da Joana. Aquele toque não era o do David, quando o David lhe toca, ele agarra-a de uma maneira que lhe fazia saber que ele a ama com tudo o que ele tem, que ela é dele apesar de tudo, que ela é dele e que ele é dela e que isso é o que está certo.
Quando a Joana se apercebe disto, afasta-se o mais rápido de Beckham, pega nos sapatos e corre porta fora só tendo tempo para dizer.
Joana - Desculpa, mas eu não posso fazer isto.
As lágrimas vêm-lhe aos olhos e os pensamentos que lhe correm pela cabeça são: “Aquele não era o David, eu beijei outro homem, eu sou horrível, ele nunca me vai perdoar. Eu vou perdê-lo.”
 
***
 
Tânia dirigiu-se até à porta da garagem, pôs a mão na maçaneta e abriu a porta lentamente mas não completamente de modo a poder espreitar, pois reparou que estava lá gente. O que viu deixou-a incrédula, os seus olhos não podiam acreditar no que viam. Elena estava deitada no chão com Marcelo por cima dela. Ao início Tânia presumiu que estes devido à quantidade de álcool que tinham ingerido se tivessem acabado por envolver, o que achou estranho pois sabia que Elena não queria mais que a amizade de Marcelo. No entanto acabou por se aperceber que Elena não se movia e tinha os olhos fechados. Posto isto concluiu que Elena estava a ser violada por aquele que Elena considerava uma grande pessoa, um grande amigo e uma pessoa de confiança. Tânia lembrou-se de uma conversa que tinha tido há dias com Elena sobre Marcelo, em que esta se fartou de o elogiar. Até aquele momento Tânia tinha uma muito boa opinião sobre Marcelo mas que, em apenas uns meros segundos, mudou radicalmente. Agora achava-o um homem sem escrúpulos, um imbecil, um otário mas acima de tudo um VIOLADOR. Ela ponderava se Marcelo não tivesse feito isto a mais raparigas. Quando Tânia voltou a si, viu que Marcelo já se tinha vestido e de seguida vestiu Elena e foi-se embora sem dizer nada a ninguém. Assim que Marcelo se foi embora, Tânia correu em auxílio de Elena e começou a dar-lhe estalos, não com muita força, apenas com a força necessária para que esta acordasse, o que não resultou.
Na sala estranhavam a demora de Tânia.
Cesc – Mas será que ela nunca mais vem com as bebidas?
Nico Gaitán – Pois, é que já se bebia qualquer coisa.
Catarina – Tenham calma, eu vou ver dela.
Catarina deslocou-se até à divisão onde se encontrava Tânia. Assim que abriu a porta deparou-se com Elena inanimada no chão e com Tânia junto a ela tentando acorda-la. Catarina correu para a ajudar.
Catarina – O que se passa? Por que é que ela está assim?
Tânia sabia que não iria contar a verdade a Catarina sem primeiro falar com Elena, por isso decidiu mentir. Estava a pensar na desculpa que ia dar mas com a demora os seus pensamentos são interrompidos por Catarina.
Catarina – Tânia estás a ouvir-me?
Tânia – ÃHHH. O quê?
Catarina – Estava-te a perguntar o que se passou com a Elena mas tu não me ouviste porque estavas a olhar para o nada.
Tânia – Desculpa, estava a pensar noutra coisa.
Catarina – E pode-se saber no que estavas a pensar?
Tânia – Isso agora não interessa. Temos é de acordar a Elena.
Catarina – Ok, mas depois vai-me dizer no que estavas a pensar. Mas o que é que se passou com ela?
Tânia – É o que a bebida faz. Abusou e agora está assim. – Mentiu.
Catarina – Será que entrou em coma?
Tânia – Não me parece. – Com isto agarra numa garrafa de água e despeja-a em cima de Elena, que faz com que esta acorde.
Elena – Onde é que eu estou?
Catarina – Estás bem? O que se passou? – Bombardeou-a com perguntas.
Tânia – Catarina tem calma, ok? Agora ajuda-me a leva-la para a sala.
As duas levaram Elena até à sala com muita dificuldade, visto que esta mal se aguentava em pé, parecia que estavam a levar uma pessoa morta.
Quando lá chegaram Cesc largou tudo o que estava a fazer e foi ajuda-las pegando ao colo a irmã e sentou-a no sofá.
Cesc – O que é que se passou? Por que é que estás nesse estado?
Elena – Ai, calma Cesc. Acho que bebi demasiado.
Cesc – Pois, tu e a bebida nunca foram melhores amigos.
Elena – Lá estás tu com as tuas conversas.
Cesc – É verdade e tu sabe - o bem.
Elena – Káká, importas-te que fique um pouco mais no sofá… sinto-me um pouco tonta e doí-me imenso a cabeça…
Káká – Claro, está à vontade.
Elena ia a dizer obrigada mas as forças faltaram-lhe. Sentia que a sua cabeça ia explodir e tinha o corpo dorido. “Estranho… não me lembro de nada e não sei porque tenho o corpo dorido…” pensou ela. Enquanto Elena a custo se esforçava para aguentar as dores de cabeça, Tânia observava-a atentamente, a transbordar de preocupação, “Será que ela se lembra de alguma coisa? O que é que ele terá feito para ela desmaiar? Talvez lhe tenha batido… hum isso explicaria as dores de cabeça tão fortes… ou será que a drogou? Também é possível. Tenho de falar com ela urgentemente! Se ele a tiver magoado a sério, vamos ajustar contas!” pensou Tânia, até ser interrompida por Cesc.
Cesc – Obrigado. – Disse num sussurro.
Tânia – Obrigado, porquê?
Cesc – Por teres ajudado a Elena.
Tânia – Até parece. Eu fiz o que fiz porque quis, não porque me obrigaram. E também ela fazia o mesmo se fosse comigo.
Cesc – Namoro com a rapariga mais perfeita do mundo! - selaram a conversa com um beijo apaixonado.
Ruben Amorim – Sabem que o Káká tem muitos quartos vazios cá em casa. – E como habitual, Ruben, tinha de mandar a sua piada que metia toda a gente a rir, toda a gente, menos Elena, que estava completamente alheia ao que a rodeava, e Tânia que estava demasiado pensativa, esboçando apenas um leve sorriso.
Elena olhou para Tânia como se tivesse acabado de acordar de um sonho, ou talvez um pesadelo.
Elena – Acho que vou vomitar…
Tânia muito rapidamente pegou num saco que estava em cima da mesa, e colocou à frente de Elena, que vomitou para dentro do saco. Tudo isto gerou grande confusão, mas não impediu que Tânia visse Marcelo a aproximar-se…